Acredito no texto atribuído a Santo Agostinho, onde diz que não morreu, que apenas passou para o outro lado do caminho. Ao longo da minha vida, como na sua, certamente, tive várias despedidas. A mais difícil foi a de minha mãe, em 1º de agosto de 2014. Maria Cleonice Galindo Melo (de nascimento) ou Maria Cleonice Amorim (depois de casada), ou simplesmente Nicinha Amorim, como era conhecida por todas as pessoas do nosso círculo de relações. Para mim ou meus 10 irmãos, mamãe, mainha, Cleo ou Mariquinha. Para netos, vó, vovó. Para bisnetos, vovó Tetéo.
Vê-la seguir para o outro lado do caminho gerou um sentimento difícil de traduzir. Por muito tempo fiquei em silêncio, alimentando-me dos muitos momentos a nós permitidos ao longo de 52 anos (idade que eu tinha na despedida). Em outubro desse mesmo ano resolvi mandar algumas cartinhas ao céu através de outro blog que tenho (forquinha.blogspot.com). Enviei cinco cartas, em pouco mais de um ano. Depois nunca mais escrevi. Hoje, Sexta-feira Santa, dia em que esta saudade aumenta, decidi criar esta caixa de correspondência para o outro lado do caminho, onde poderei apresentar meus monólogos não apenas à mamãe, mas a outros queridos que também fizeram a travessia.
Por favor, não veja morbidez nessa iniciativa. Perceba-a apenas como oportunidade de uma conversa sem resposta visível sobre saudade e outras coisas, trazendo também um pouco do cotidiano da nossa vida do lado de cá.
A partir de agora migrarei para este espaço as cinco cartas ao céu já enviadas através do Forquilha, que voltará a tratar sobre temas gerais do cotidiano. E novas cartas serão encaminhadas aos meus queridos.
Fiquem a vontade para comentar.
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