Oi, mamãe!
Tanto tempo faz que não lhe escrevo, né? A senhora me conhece bem e sabe que quando silencio na escrita é porque minha mente está em turbilhão. Quando estou assim, mando mensagens apenas mentalmente. E tenho lhe enviada muitas, todos os dias; em algumas vezes, mais de uma ao dia. Mas hoje, dia oficial dedicado às mães, não poderia ficar sem mandar essa carta para o céu.
Tenho certeza que hoje teve muita ligação mental para a senhora desses filhos todos que recebeu nesta encarnação. Dessa vez deve ter sido difícil registrar quem se conectou primeiro. Não deve ser fácil receber ligações mentais de 11 filhos saudosos ao mesmo tempo, mas acredito que a senhora teve o amparo espiritual necessário, assim como estamos tendo aqui nesse momento.
Não tivemos como lhe dar algo material, como sempre fizemos. A reforma da sua cadeira preferida foi o último presente. E o fato de ela estar ali na saleta, sem a sua presença física, aumenta mais ainda a saudade da gente, em especial de Verinha, Tata e Bepe, que estão em Paulo Afonso.
Acredito que o amor reafirmado hoje, com tanta intensidade por todos nós, deve ter lhe deixado feliz. Se pudéssemos escolher, queríamos que estivesse ao nosso lado fisicamente. Mas isso não estava em nossas mãos para decidir. Apenas procuramos entender e aceitar, acreditando fervorosamente que a senhora hoje está bem. Tivemos, inclusive, algumas informações sobre a sua vida na espiritualidade. A senhora sabe que tem gente que não acredita nisso, mas a maioria dos seus filhos acredita. E serena nosso coração saber que seu caminhar prossegue para a evolução, cuidando fraternalmente daqueles que precisam de alguma ajuda aí onde se encontra.
Aqui a nossa vida prossegue. Como já deve saber, retornei para a Defensoria Pública e estou tentando dar o melhor de mim profissionalmente. Sei que está dizendo que eu tome cuidado para não extrapolar nos horários, para priorizar a família e a saúde. Procurarei fazer isso, tenha certeza. Se eu não cumprir depois de passar a Semana da Defensoria, pode puxar a minha orelha.
Entre nós, seus filhos, ainda tem algumas arengas. Como poderia acabar de uma hora pra outra, né? A senhora conhece bem cada um de nós. Mas, vamos continuar tentando estabelecer uma harmonia mais duradoura e estável.
Nosso pai continua o mesmo de sempre, adiando as idas aos médicos e trabalhando todos os dias na eletrônica. Como as operadoras de telefonia aqui na terra estão cada vez piores, e a Tim não foge à regra, principalmente em Paulo Afonso, temos dificuldade de falar com ele com maior frequência. Mas continuamos enviando a papai, mentalmente, fluidos de amor para que viva com saúde no corpo e paz no coração e no espírito.
Caso encontre por aí as outras mães que amamos e que já retornaram, dê um beijo nelas por nós. Em especial para vovó Minice e vovó Floriza, tia Neném e Tina, e Tenide.
Receba um beijo em cada um desses olhinhos lindos e um abraço de caranguejo, transmitindo todo o amor e saudade que sinto.
Da sua filha tagarela,
Vanda.
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